Artigo - Dr. Almeida Nunes

Vitaminas e minerais, não basta suplementar, o importante é saber

COMO SUPLEMENTAR

Caríssimos são várias as situações, que contribuem para a necessidade de suplementar mos com vitaminas e micronutrientes minerais, passo a citar algumas delas.

O envelhecimento geral do nosso organismo, também se verifica a nível intestinal, resultando numa deficiente absorção.

O deficit de micro e até macronutrientes, é uma consequência direta deste pressuposto.

De forma muito simplista, a diminuição das vilosidades intestinais e a redução das enzimas intestinais, são em parte responsáveis, por esta absorção deficitária.

No intestino delgado, surge com frequência uma alteração do microbioma, com proliferação excessiva de determinadas bactérias, com prejuízo da absorção da vitamina B12, do ferro, cálcio, cobre, zinco, vitamina D, entre outros.

Várias são as patologias, capazes de alterarem absorção intestinal, tais como:

Doenças inflamatórias, nomeadamente a Doença de Crohn.

Doenças autoimunes;

Diabetes;

Doença celíaca;

Alterações da função tiroideia, no sentido hiper ou hipotiroidismo;

Cancro;

Pancreatite;

Cirurgia bariátrica;

Pós gastrectomia (Bilroth II);

Amiloidose;

Síndrome Zollinger-Ellison;

Espru tropical;

Doença de wipple;

Síndrome carcinoide.

E, muitas outras, particularizo a insuficiência pancreática exógena, com esteatorreia e a consequente má absorção das vitaminas lipossolúveis—A,D,K e E.

Alguns fármacos, também contribuem para má absorção intestinal, ou esgotam os micronutrientes:

Antibióticos-no geral, promovem a carência das vitaminas do grupo B, e da vitamina K.

Gentamicina, promove desequilíbrio no magnésio, potássio e cálcio.

As quinolonas no cálcio e ferro.

O trimetoprim no ácido fólico.

Terapia de reposição hormonal, interfere com as vitaminas B6, B12, magnésio e acido fólico.

As estatinas, inibindo a via do mevalonato, através da inibição da HMG-CoA redutase, vão diminuir em muito a produção do colesterol, mas também da Coenzima Q10.

Alguns anticonvulsivantes, nomeadamente a Hidantina, vão provocar a depleção do acido fólico.

Antineoplásicos vários, são também importantes na depleção de alguns micronutrientes.

Os inibidores da bomba de protões (IBPs), são dos fármacos mais prescritos a nível mundial.

Sendo potentes inibidores da secreção acida do estomago, vão condicionar alterações importantes, quando ingeridos continuadamente, vão condicionar má absorção de ferro, cálcio, vitamina B12 e magnésio, uma vez que estes micronutrientes necessitam dum ambiente acido para uma boa absorção.

Do que ficou escrito, resulta a inevitável conclusão, de se perceber, que a suplementação sob a forma de spray oral, surge como uma alternativa terapêutica muito interessante, e de eficácia superior, uma vez que esta administração, faz o by pass ao estômago, e ao intestino, nomeadamente o intestino delgado , permitindo uma entrada directa na circulação sanguínea, através da absorção pelas veias sublinguais.

Vou exemplificar, a importância desta via: nas situações de angor, o uso da Nitroglicerina deve ser feito por via sublingual, o que permite uma rápida e eficaz absorção, diretamente para a corrente sanguínea.

Assim sendo, e em conclusão, esta nova apresentação galénica, sob a forma de spray, surge no mercado, de forma atraente e promissora, não só no sentido da comunidade posológica, como também e acima de tudo, no sentido de uma muito maior eficácia.

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